Disciplina - Língua Estrangeira Moderna

LEM

13/09/2017

Principal destino dos haitianos

Após o terremoto que arrasou o Haiti em 2010, milhares de haitianos deixaram o país em busca de refúgio na América Latina, revelou um estudo que visou diagnosticar a migração haitiana na região nos últimos 5 anos.

O estudo foi conduzido pelo Instituto de Políticas Públicas para o Direito do Homem (IPPDH), do Mercosul, e a Organização Internacional de Imigração (OIM). Concentrou-se nas rotas e o estabelecimento das populações migrantes, bem como no acesso aos direitos sociais dos haitianos e políticas de integração local e de assistência aos migrantes nos principais países de destino: Brasil, Argentina e Chile.

O estudo apresentou as características e trajetórias dos migrantes haitianos entre os países-membros do Mercosul e países associados, e analisou as respostas institucionais nacionais e locais a esses migrantes.

O terremoto, que ocorreu num país que já sofria com a situação de extrema vulnerabilidade social, econômica e política, marcou definitivamente o crescimento da migração haitiana na América do Sul, considerando que alguns haitianos já residiam em alguns países da região antes do cisma, e ajudaram a chegada da primeira onda após o terremoto.

Na Argentina e no Chile, não é exigido dos migrantes qualquer visto, mas no Brasil a maioria dos haitianos possui o visto de residência humanitária, obtido mediante requisitos mínimos, nos consulados brasileiros. No final de 2010, havia cerca de 200 migrantes haitianos registrados no Brasil. No final de 2011, havia 4.000 e, em meados de 2016, o número subiu para 67 mil pessoas. Atualmente, a população haitiana no Brasil representa 5,5% do número total de estrangeiros no País. A população brasileira é de mais de 200 milhões de habitantes, e os haitianos constituem 0,0075% da população nacional. Assim, o estudo rejeita a afirmação preconceituosa de que ocorre uma "invasão haitiana".

A principal razão para a migração para o Brasil e Chile é a procura de trabalho. No caso da Argentina, o que motiva os jovens haitianos é o desejo de ter uma formação universitária. Segundo o estudo, essa população haitiana já vivia na Argentina antes do terremoto. De acordo com dados fornecidos pelo Departamento de Migração da Argentina, entre 2010 e 3016, 1.482 haitianos solicitaram residência temporária e 408 pediram residência permanente.

Mais de 80% dos migrantes haitianos são formados por cidadãos entre 15 e 44 anos, principalmente do sexo masculino. Na verdade, 67% das residências temporárias concedidas entre 2011 e 2015 foram concedidas aos homens.



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